1 de jun. de 2015

Ato HOJE, em frente ao quartel das tropas, pedindo a retirada da MINUSTAH!

#11ANOSBASTA! #FORATROPASDOHAITI!

Deklarasyon MOLEGHAFak GRENADYE 07 nan sit-in lan jodi lendi premyen jen 2015 devan pi gwo baz MINUSTAH nan peyi a pou nou di NON ak okipasyon peyi a epi mande depa FOS OKIPASYON MINUSTAH nan peyi a,mande jistis ak reparasyon pou tout viktim kolera yo, denonse eleksyon gwo peyi enperyalis yo vle lage nan goj nou. nap kontinye di eleksyon pa posib anba okipasyon peyi a.
Posted by David Oxygene on Segunda, 1 de junho de 2015

Apelo da Coordenação Haitiana pela Retirada das Tropas da ONU do Haiti

1º de junho de 2004 – 1o de junho de 2015: 11 anos de ocupação, a Minustah deve partir.

O golpe de Estado-sequestro de 29 de fevereiro de 2004 contra o presidente Jean-Bertrand Aristide, constitucional e democraticamente eleito, abriu caminho à ocupação da primeira República negra do mundo. No dia 1o de junho de 2004, três meses depois desse golpe, milhares de soldados das Nações Unidas desembarcaram no Haiti sob a etiqueta da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Desde então, ela permaneceu no país, em flagrante violação da Carta da ONU, da Constituição haitiana de 1987 e da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas e consulares.

Ela veio, dizem, para estabilizar o país e resolver certos problemas. Onze anos depois, não resolveu nada, ao contrário, viola o direito à autodeterminação do povo haitiano e os direitos humanos e introduziu a epidemia mortal de cólera. Onze (11) anos de ocupação, 5 anos de cólera – é demais, a Minustah deve partir! As Nações Unidas devem reconhecer que cometeram um erro grave, uma falta irreparável no Haiti. A moralidade da ONU está colocada em dúvida.

Depois de 35 anos de ditadura, o Haiti estava em vias de se levantar e avançar bem no caminho da democracia. Os fatores que poderiam representar uma ameaça para a paz e a segurança internacionais são de ordem econômica e social: o empobrecimento, o desemprego, a miséria, a degradação de seu meio ambiente, o analfabetismo. As Nações Unidas intervieram não para ajudar a resolver esses problemas, mas para reforçar a dominação das potências imperialistas, a exploração das forças de trabalho e a pilhagem dos recursos minerais do Haiti. Em outros termos, as Nações Unidas servem à causa das grandes potências imperialistas, tais como os Estados Unidos, a França, o Canadá, em detrimento do Haiti, considerado o país mais empobrecido do planeta.
A Resolução 1542 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada com base no capítulo VII de sua Carta, para intervir com força no Haiti, é inaceitável, porque não havia ameaça para a paz e a segurança internacionais e regionais.


Para fazer isso, a mais poderosa organização mundial, a ONU, não apenas violou sua própria Carta, mas igualmente a Constituição do Haiti, as convenções e as leis. O fundamento legal da Minustah no Haiti não é outro senão o acordo de 9 de julho de 2004. Esse acordo, que tem um caráter internacional, foi firmado não pelo presidente, como previsto pela Constituição, mas pelo primeiro-ministro de facto de então, Gérard Latortue, que mais tarde declarou nem mesmo saber o que havia assinado. Portanto, ele assinou esse acordo sob pressão de seus patrões da comunidade internacional, em flagrante violação à Constituição. O artigo 139 da lei-mãe é claro sobre isso. “Ele (o presidente da República do Haiti) negocia e assina todos os tratados, convenções e acordos internacionais e os submete à ratificação da Assembleia Nacional”. Esse acordo de 9 de julho de 2004 nunca foi ratificado pela Assembleia Nacional haitiana; 11 anos depois, a Minustah continua a pisotear a soberania nacional e mata o povo haitiano com o cólera.

A Constituição não reconhece a existência de nenhuma força armada estrangeira no território haitiano, como se lê no artigo 263-1: “Nenhum outro corpo armado pode existir no território nacional”. E o artigo 276 prossegue: “A Assembleia Nacional não pode ratificar nenhum tratado, convenção ou acordo internacional que contenha cláusulas contrárias à presente Constituição”.

Em nível do Direito Internacional, no que se refere às convenções de Viena de 1969 e 1986, qualquer tratado assinado por alguém que não tenha jus tractum, ou seja, o poder de concluir tratados, acordos ou convenções, como foi o caso de Gérard Latortue em 9 de julho de 2004, esse acordo é nulo e de nulidade absoluta e deve ser considerado sem efeito.

Tanto quanto ao conteúdo como quanto à forma, a Minustah é ilegal no Haiti, ela se impôs pela força na terra de Dessalines. O povo haitiano em sua ampla maioria exige sua retirada imediata e sem condições.

Por ocasião da rememoração do centenário da ocupação estadunidense (1915-2015), a Coordenação pretende organizar uma série de atividades para dizer NÃO À OCUPAÇÃO.

1. Manifestação diante da Embaixada dos Estados Unidos, todo dia 28, até 28 de julho de 2015.

Central dos Trabalhadores de Sindicatos do Setor Privado e de Empresas Públicas (CTSP): JEAN Bonald G. Fatal

2. Conferências-debates, exposição de fotos dos atos de violência da Minustah, por ocasião do 11o aniversário do desembarque dessa força no Haiti, em 1o de junho de 2015.

3. Manifestações de rua.

A luta da Coordenação pela Retirada das Tropas da ONU do Haiti tem necessidade da solidariedade ativa de todas as organizações engajadas no combate pela libertação dos povos oprimidos do planeta. A desocupação do Haiti é uma questão de todos. Assim, caros companheiros, caros amigos, apelamos a sua ajuda militante, sob a forma que vocês julguem útil.

Fora MINUSTAH! Abaixo a OCUPAÇÃO! Viva o HAITI LIVRE!


Primeiros signatários:

Movimento de Liberdade, de Igualdade dos Haitianos pela Fraternidade (Moleghaf): OXYGENE David
Mouvman etidyan pou chanjman (Mechan): ALOUIDOR Wilberde
Jornal “Haïti liberté”: YVES Pierre Louis
Mouvman Etidyan pou libere Ayiti (Mela): SAMEDY Simeon
Grenadye 07: LUCIEN Gymps
Kolektif Kont Okipasyon: Pascal Dieujuste
Direção de Ligação de Organizações de Base e de Sindicatos (Globs): RAYMOND Davius
Mouvman pou Devlopman Nasyonal (Modena)
Partido Revolucionário pela Organização e o Progresso (Prop): SIMEON WISLY
Kodinasyon Desalin (KOD): JOSEPH Claudy
Grupo de Iniciativa de Professores em Luta (Giel)

Ato HOJE(01/06/2015), em frente ao quartel das tropas, pela retirada da MINUSTAH!