Porque estarei presente?
Nelson Guevara, secretario geral do Sindicato Mineiro de Huanuni, Bolívia: “A ONU financia as tropas para decidir o destino do povo haitiano e assegurar o controle dos recursos naturais. Em nome da pacificação, querem calar a voz dos povos pela libertação. Exigir a retirada das tropas do Haiti deve ser prioridade mundial dos povos. Os mineiros da Bolívia em seu 31º Congresso, realizado esse ano, discutiu, no plano internacional, a necessidade da unidade dos trabalhadores do mundo, isso coloca a solidariedade com o povo do Haiti na luta contra o capitalismo.”
Colia Clark, militante do NAACP, movimento pelos direitos civis, dos anos 60, EUA: “Estarei no Brasil para construir a solidariedade deste povo, com o povo dos Estados Unidos e com o Haiti. Tenho compromisso com a campanha pela retirada das tropas das Nações Unidas que ocupam este país. Em agosto passado estive, juntamente com um grupo de companheiros do Haiti, Guadalupe e EUA, no Alto Comando das Nações Unidas em Nova York, onde fomos recebidos e apresentamos os resultados da Comissão Internacional de Investigaçao sobre o Haiti. E pedimos, naquele momento, a retirada imediata das tropas, pois há um paralelo entre a opressão do povo haitiano e as guerras imperiais em todo o mundo.”
Kim Yves, do jornal Haiti Liberté, EUA: “Estarei no Ato para dar os braços aos irmãos e irmãs brasileiras em solidariedade contra a ocupação militar da ONU no Haiti. O Brasil está, a serviço de Washington, como o líder desta ocupação, há quase 8 anos. Este papel infame é justificado internacionalmente pela afirmação de que os haitianos são incapazes de se auto governar, que sem os chamados "soldados da paz", o Haiti cairia numa espiral de anarquia e violência. Eu quero conversar com meus companheiros do Brasil, e outros, sobre como podemos trabalhar juntos para expor e explodir essa mentira. Quero apresentar um relatório de como os telegramas secretos da Embaixada dos EUA, fornecidos pelo WikiLeaks ao Haiti Liberté, nos ajudam a elucidar o esmagamento da soberania do Haiti pelos Estados Unidos e outras nações. Nós, do Haiti Liberté, queremos ouvir as propostas que companheiros da América Latina têm para acelerar a retirada.
Hugo Domingues, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (UNTMRA) e que vem ao ato representando a central PIT-CNT, Uruguai: “Vou ao ato porque é um ato pelo respeito à autodeterminação dos povos. Porque é uma intervenção militar, escudando-se na ONU como ajuda humanitária. Porque os EUA usaram o terremoto que assolou o povo haitiano, como desculpa para invadir esse povo irmão. O que lhes importa não é a sorte desse povo, mas quer ficar ali para dirigi-los e ficar com os recursos naturais. Fora todas as tropas militares do Haiti. Fora a invasão ianque”.
*Matéria publicada na edição 701 do Jornal O Trabalho
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