15 de mai. de 2012

Chamado por uma Jornada Internacional de solidariedade e de mobilização com os trabalhadores e o povo do Haiti em 1º de junho de 2012


Boletim de Maio 

Desde junho de 2004, uma for­ça de ocupação multinacional insta­lou-se em nosso país, sob o patrocínio das Nações Unidas. Sua missão oficial é “estabilizar” o Haiti. Mas por trás desse objetivo declarado, sabemos que a força de ocupação está presente para garantir o projeto do imperialismo no Haiti: proteger os interesses das em­presas multinacionais e da burguesia local.

Em 1 de junho de 2012, fará oito anos a presença da MINUSTAH no Haiti. Durante esses oito anos, esta força chamada estabilizadora tornou-se tristemente célebre por seus abusos contra o povo haitiano. Muitos casos de violações de direitos (estupro, rou­bo, violação do espaço universitário) são conhecidos por todos e foram amplamente denunciados por orga­nizações de Direitos Humanos, por organizações sindicais e populares. A introdução da epidemia do cólera pela MINUSTAH veio agravar essa ferida. Mais de 7.000 foram mortos pelo có­lera e mais de foram 500.000 infecta­dos.

Diante dessa situação alarman­te, presenciamos em nosso país uma onda crescente de ódio e de mobiliza­ção contra a MINUSTAH. É nesse contexto que o Co­mitê de Acompanhamento e o Coletivo de Mobilização para a Indenização das Ví­timas do Cólera já organi­zaram diversas atividades de propaganda e mobiliza­ção para exigir a retirada imediata da MINUSTAH e a indenização das vítimas pela Nações Unidas.
Juntos exigimos:

1. A anulação total e incon­dicional de todas as dívidas do Haiti
2. Fim das políticas de ajus­te estrutural
3. Pagamento pela França de 21 bilhões de dólares devidos à República do Haiti
4. Retirada imediata das forças de ocupação
5. Fim da CIRH (Comissão Interina de Reconstrução do Haiti, dirigida pelo ex-presiden­te americano Bill Clinton)
6. Indenização para todas as vítimas da MINUSTAH, pelas Nações Unidas.

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