24 de nov. de 2011

CONFERENCIA CARIBENHA DE CAP HAITIEN (HAITI)

CONFERENCIA CARIBENHA DE CAP HAITIEN (HAITI)
"PELA RETIRADA DAS TROPAS DE OCUPAÇÃO DA MINUSTAH"

Em 16, 17 e 18 de novembro aconteceu em Cap Haytien (Haiti) uma Conferência Caribenha para a restauração da soberania do povo haitiano livre da ocupação militar, que, sob cobertura da ONU (MINUSTAH), ocupa há oito anos o país, colocado sob a tutela de um "governo" de fato dirigido por um "pro-cônsul" americano, Bill Clinton, como parte da "missão" para a chamada "reconstrução do Haiti", da qual o povo haitiano não viu e não verá a cor, especialmente o milhão e meio de haitianos que ainda vivem em barracas dois anos após o terremoto que devastou uma grande parte da capital e várias outras cidades.

A escolha da data e local para esta conferência não foi um acaso. Foi em 18 de novembro de 1803, em Vertière, atual território do município de Cap Haitien, que o exército de escravos negros insurgentes impôs a derrota final às tropas francesas de Napoleão, vindas para restaurar a escravidão. Estabeleciam, assim, as bases da primeira república negra.

Reunidos por iniciativa da ATPC (Aliança dos Trabalhadores e dos Povos do Caribe), da CATH (Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti), com o apoio do Acordo Internacional dos Trabalhadores, duas semanas após ter acontecido em São Paulo (Brasil) um Ato Continental sobre o mesmo tema, delegados de vários estados, dirigentes de sindicatos, de associações
populares, estudantes e camponeses haitianos, bem como os delegados estrangeiros de Guadalupe, Martinica, Dominica, França, Estados Unidos, de Trinidad e Tobago... debateram durante estes dois dias e meio as consequências econômicas, sociais, sanitárias e políticas da ocupação.

Eles definiram coletivamente as próximas etapas da mobilização, que deve continuar crescendo até a retirada da Minustah e a recuperação pelo povo de sua plena soberania. Assumiram a resolução principal do Ato de São Paulo de chamar para 1º de junho próximo um dia internacional pela retirada da Minustah e pela soberania do povo haitiano.

Na sexta-feira, 18 de novembro, um feriado nacional no Haiti, os delegados levantaram uma faixa exigindo a saída da MINUSTAH no "Monumento aos Heróis", que celebra a vitória de Vertière, onde se pronunciaria o presidente fantoche Michel Martelli, eleito ao final de
eleições fraudulentas, completamente controladas pelas grandes potências imperialistas para justificar a perpetuação da ocupação.

18 de nov. de 2011

International Conference Launches Campaign to End Military Occupation of Haiti



Por Kim Ives


Em 05 de novembro, cerca de 600 pessoas se reuniram em São Paulo o "Ato Continental para a retirada imediata das tropas da ONU do Haiti", que durou 4 horas.



Delegações do Haiti, Estados Unidos, França, Bolívia, Argentina e Uruguai participaram junto a centenas de sindicalistas, estudantes, ativistas e políticos de todo o Brasil.




10 de nov. de 2011

Declaração de Mark Weisbrot e Alex Main ao Ato Continental

“É alentador ver grupos de todo o hemisfério reunidos em São Paulo para coordenar esforços para exigir que a Minustah saia do Haiti e mandar uma forte mensagem ao mundo declarando que a ocupação do Haiti é imoral e indefensável e deve acabar. Este grande Ato de solidariedade dá esperança ao povo do Haiti e sem duvida, dará lugar a um movimento global mais forte a favor da justiça e da dignidade para os haitianos”.

Leia a declaração completa [em inglês]

Mark Weisbrot é jornalista, com coluna quinzenal na Folha de São Paulo e diretor do CPR (*)
Alex Main é diretor do CPR
(*)Centro de Pesquisa Economica e Politica – Washington - EUA

Central Sindical do Uruguai

PIT / CNT (Central Sindical do Uruguai) manda saudação ao Ato Continental,onde destaca "as Nações Unidas ocuparam a terra haitiana em violação aoprincipio de autodeterminação dos povo, invocando a necessidade de 'estabilização' e ajuda humanitária".

E agrega que o o Congresso da entidaderesolveu, por unanimidade " condena duramente a ocupação do Haiti e exigeque as tropas uruguaias não participem da ocupação, que humilha o povo haitiano e nos humilha.

Uma vez mais exigimos a imediata retirada das tropasdo Haiti."

[clique aqui para ver o documento integral]

8 de nov. de 2011

Central de los Trabajadores de Argentina

Buenos Aires, 7 de Noviembre de 2011

Estimados compañeros y compañeras

Desde la Central de los Trabajadores de Argentina (CTA) de la Ciudad de Buenos AIres queremos hacer llegar a este encuentro nuestro saludo solidario.No nos será posible estar allí presentes como era nuestro compromiso, pero queremos hacerlo a través de esta carta.

El pueblo argentino no ha sido nunca consultado con el envío de tropas a un hermano país, si así lo hicieran confiamos que el sentir popular se pronunciaría por la solidaridad espiritual y material que siempre la ha caracterizado a través de sus organizaciones populares y sus instituciones civiles. Y que rechazaría este solidaridad de cascos y de prepotencia. Nunca se llamará solidaridad la intervención polÍtica a otro país hermano.

En estos días hemos leído las reflexiones del periodista y escritor Eduardo Galeano, vayan a modo de saludo a este Congreso y con ellas nuestra fraternidad:

"¿Hasta cuándo seguirán los soldados extranjeros en Haití? Ellos llegaron para estabilizar y ayudar, pero llevan siete años desayudando y desestabilizando a este país que no los quiere.
La ocupación militar de Haití está costando a las Naciones Unidas más de 800 millones de dólares por año.

Si las Naciones Unidas destinaran esos fondos a la cooperación técnica y la solidaridad social, Haití podría recibir un buen impulso al desarrollo de su energía creadora. Y así se salvaría de sus salvadores armados, que tienen cierta tendencia a violar, matar y regalar enfermedades fatales.

Haití no necesita que nadie venga a multiplicar sus calamidades. Tampoco necesita la caridad de nadie. Como bien dice un antiguo proverbio africano, la mano que da está siempre arriba de la mano que recibe.Pero Haití sí necesita solidaridad, médicos, escuelas, hospitales, y una colaboración verdadera que haga posible el renacimiento de su soberanía alimentaria, asesinada por el Fondo Monetario Internacional, el Banco Mundial y otras sociedades filantrópicas. Para nosotros, latinoamericanos, esa solidaridad es un deber de gratitud: será la mejor manera de decir gracias a esta pequeña gran nación que en 1804 nos abrió, con su contagioso ejemplo, las puertas de la libertad."

Saludos fraterno

Carlos Chile Huerta
Secretario de la Central de Trabajadores de Argentina de la CIudad de Buenos Aires

Compromisso de São Paulo

COMPROMISSO DE SÃO PAULO “Aba Okipasyon, Aba Minustah” Fora as tropas da ONU do Haiti!



Reunidos em Ato Público na Câmara Municipal de São Paulo, vindos de sete países cujos governos estão envolvidos na ocupação do Haiti e de 12 Estados do Brasil, NÓS FIRMAMOS UM COMPROMISSO de solidariedade militante com a soberania da nação negra do Haiti!


NÓS ESTABELECEMOS O COMPROMISSO E EXORTAMOS a todos e todas, com suas organizações, a não sair das ruas enquanto não terminar essa operação militar, irmanando-se ao povo haitiano, que exige o respeito à sua soberania em seguidos protestos contra a ocupação – que tampouco pode ser substituída por tropas mercenárias!

NÓS ESTABELECEMOS O COMPROMISSO, E EXIGIMOS DOS GOVERNOS dos nossos países – Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia, Estados Unidos, França – que cessem imediatamente sua participação nessa vergonhosa operação.

A partir de hoje, nos constituímos em Comitê Continental pela Imediata Retirada das Tropas da ONU do Haiti. , respaldados em ações semelhantes neste dia também no Canadá, México, Peru e Equador. Chamamos à constituição de Comitês Pela Imediata Retirada em todos os países do continente.

[Texto Completo: Português, English, Español ou Français]

ESTE É O NOSSO COMPROMISSO, pois defender o Haiti é defender a nós mesmos!

Haiti - Fignolé St Cyr, da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti; Estados Unidos - Colia Clark, do movimento pelos direitos civis dos anos 60 (militantes do NAACP no Mississipi); Kim Yves, do jornal Haiti Liberté e Dan Coughlin, da revista The Nation, Bolivia Nelson Guevara Aranda, do Sindicato dos Mineiros de Huanuni; Uruguai Hugo Dominguez, Sind.Metalúrgicos da PIT-CNT e Andres Uriostes-Coordinadora por el Retiro de las Tropas; Argentina - Natalia Saralegui,“Comite Argentino por la Retirada de las Tropas”; Prof. Henry Boisrolin Comite Democratico Haitiano em Argentina;França : Jean Marquiset, Partido Operário Independente; Julio Turra – CUT; Joaquin Piñero – MST; Joelson Souza- Juventude Revolução; Milton Barbosa- MNU; Rosi Wansetto - Jubileu Sul; Markus Sokol - Corrente O Trabalho do PT; Deputado Adriano Diogo (PT/SP), Deputado Jose Candido (PT/SP).Claudinho Silva (SOS Racismo/Secr Estadual Combate Racismo PT); Lucia Skromov (Comite Pro Haiti); Barbara Corrales (Comite Defender Haiti é Defender a Nos Mesmos).

Declaração da Delegação dos Estados Unidos



A delegação estaduninse formada por Colia Clark da Comissão Internacional de Inquérito sobre o Haiti, Kim Ives do jornal semanal Haiti Liberté, e o jornalista Dan Coughlin do The Nation leu seguinte declaração “Como muitos líderes haitianos dizem, deve haver soluções haitianas para os problemas do Haiti. Se a ONU quer enviar médicos, engenheiros e outros especialistas para ajudar os haitianos, como os cubanos e os venezuelanos o fazem, não temos problema nenhum com isso. Mas a ONU nunca deve ter enviado soldados, tanques e armas para o Haiti, armas que apenas tem sido utilizadas para impor a agenda neoliberal de Washington, Paris e Ottawa. Já passou a hora de que as Nações Unidas retirem suas tropas do Haiti.”






7 de nov. de 2011

Ato Continental reúne 600 pela retirada das tropas da ONU do Haiti


5 de novembro, Salão da Câmara Municipal de São Paulo

Com a presença de 600 pessoas, vindas de 11 Estados brasileiros, e uma mesa formada por participantes de 7 países – EUA, Haiti, Bolívia, Argentina, Uruguai, França e Brasil -, realizou-se neste sábado, na Câmara Municipal de São Paulo, um Ato Continental pela Retirada das Tropas da ONU que ocupam militarmente o Haiti desde 2004.

Após quatro horas de atividade, onde se ouviram os depoimentos de delegados dos países presentes e, sobretudo, do representante do Haiti, Fignolé St Cyr, dirigente da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti, os participantes firmaram o “Compromisso de São Paulo”, onde se comprometem continuar a ampliar a campanha em todo o continente, e a realizar atos em todos os países em 1º de junho do próximo ano.

Começando com a exibição de vídeos do Haiti, e de uma apresentação musical de grupos de rap, o ato político foi aberto pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP), um de seus organizadores, que destacou que, para militares brasileiros, a ação armada no Haiti é um laboratório, cujas ações são depois estendidas na repressão ao povo brasileiro.

Do Uruguai Hugo Dominguez, do Sindicato dos Metalúrgicos, representando a central sindical PIT-CNT, declarou “o Congresso da PIT/CNT condenou duramente a ocupação, pois ocupações militares só trazem atos criminosos, como o estupro de um jovem haitiano por soldados uruguaios”. Ainda do Uruguai, esteve presente Andres Uriostes, da Coordenação pela Retirada das Tropas; da Argentina, Natalia Saralegui, do Comitê Argentino pela Retirada das Tropas, e o professor Henry Boisrolin, do Comitê Democrático Haitiano na Argentina; da Bolivia, Nelson Guevara Aranda, do Sindicato dos Mineiros de Huanuni, que afirmou “governos latino-americanos que dizem defender a soberania não podem manter tropas no Haiti!”.

A delegação dos Estados Unidos, esteve composta por Colia Clark, dirigente do movimento pelos direitos civis desde os anos 60, e que integrou a Comissão Internacional de Investigação que visitou o Haiti para apurar as violações de direitos civis da Minustah; por Kim Yves, do jornal “Haiti Liberté”, e por Dan Coughlin, da revista “The Nation”, que apontaram o governo estadunidense como o grande articulador da intervenção no Haiti. “É o nosso governo o principal opressor do povo haitiano”, disse Colia, arrancando aplausos do plenário.

Da França, antiga potência colonial que continua ingerindo no Haiti, veio Jean Charles Marquiset, da direção do Partido Operário Independente, que se comprometeu a levar a campanha pela retirada para seu país.

No mesmo dia do Ato, manifestações estavam ocorrendo no Peru e Equador (dirigidas aos respectivos governos que tem tropas no Haiti), no México (dirigida à embaixada dos EUA) e no Canadá. O ato recebeu mensagens também de sindicatos da UNETE, da Venezuela, além de Carlos Chile, Secretário da CTA-Capital (Argentina).

Em nome da CUT, Julio Turra explicou que a central considera a presença das tropas estrangeiras atentatórias à soberania do Haiti. Joaquim Piñero, do MST, relatou a ação de solidariedade internacional expressa no envio de uma brigada de militantes para o Haiti. Markus Sokol, da Corrente O Trabalho do PT, destacando que a ocupação do Haiti corresponde aos interesses dos Estados Unidos contra a soberania dos povos do continente, concluiu: “exigimos com ainda mais ênfase do governo que elegemos, da presidente Dilma, a retirada unilateral das tropas, que violam a soberania de um país irmão”.

Participaram ainda da mesa, Claudio Silva, Secretário estadual de Combate ao Racismo do PT/SP e coordenador do SOS Racismo, Milton Barbosa, do Movimento Negro Unificado, Rosi Wansetto, do Jubileu Sul, Joelson Souza, da Juventude Revolução, e Bárbara Corrales, do Comitê Defender o Haiti é Defender Nós Mesmos, além de José Augusto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Renato Simões, da Executiva Nacional do PT, e a vereadora Juliana Cardoso.

Durante todo o ato ouviram-se palavras-de-ordem: “Dilma, escuta aqui, retire as tropas do Haiti”, “Fora imperialismo! Fora do Haiti! América Latina, unida a resistir!” e “Fora Minustah! Soberania Já!”

Último orador do dia, Fignolé St Cyr disse que seu país está nas mãos da Comissão Interina de Reconstrução do Haiti (CIRH), comandada diretamente por Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, e que as tropas da ONU estão lá para impor este poder. St Cyr narrou como a Minustah fraudou as recentes eleições presidenciais, afastando da disputa o partido mais importante, o Fanmi Lavalas, de Jean-Bertrand Aristide (presidente derrubado do poder em 2004 pelas tropas dos EUA, França e Canadá), e colocou agora na Presidência o fantoche Michel Martelly. “As tropas de ocupação estão no país para violar e roubar tudo o que nós temos”, alertando aos governos que enviam tropas para o país, sejam de direita ou de esquerda, que “não é bom servir de muleta para as potências que ocupam o Haiti”.

Ao final, St Cyr disse que estava muito orgulhoso de participar de ato tão importante e representativo, e testemunhou como, nos últimos anos, cresceu muito no Brasil a “sensibilidade” para o drama dos haitianos oprimidos pela ocupação militar.

O próximo passo que se segue ao Ato em São Paulo, será uma Conferência de organizações sindicais e populares do Caribe, em Cap Haitien, no Haiti (16-18/Novembro)

Ao final, foi aprovado por aclamação o “Compromisso de São Paulo” (em anexo) propondo a constituição de um Comitê Continental pela Imediata Retirada das Tropas da ONU do Haiti para organizar a Jornada de 1º de junho de 2012.

Todos saíram com a certeza de que o ato será capaz de generalizar a campanha de modo que, se as tropas não saírem antes, haverá grandes manifestações em vários países em junho de 2012. Até lá, o desafio é ampliar em todos os países a pressão sobre os governos pela retirada das tropas e a devolução aos haitianos do seu direito à soberania.

Contatos
comitedefenderhaiti@uol.com.br
Barbara Corrales – Comitê “Defender o Haiti é defender a nos mesmos”

3 de nov. de 2011

Comitê Defender o Haiti - DF


Cerca de 50 estudantes compareceram ao debate feito no auditório da FA da UnB. A atividade foi convocada pelo Comitê Defender o Haiti é defender a nós mesmos que contou com a presença da Deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) e do rapper GOG.

Foi exibido o filme "Estamos Cansados" para logo depois acontecer a abertura da discussão por Marcius Siddartha militante da JR-IRJ (que participa do Comitê Defender o Haiti é defender a nós mesmos) que levantou um breve histórico desde independência do país até as ocupações militares. Erika Kokay que comentou das atrocidades como estupro de jovem por soldado uruguaio e que ela solicitou requerimento de informação sobre o que aconteceu no país entre 2004 e 2011 ao Ministério da Defesa além de solicitar também uma audiência pública com o Ministro Celso Amorim para tratar do assunto. Logo depois o GOG falou do papel histórico do povo negro e escravo que lutou pela sua independência.

Na discussão apareceram alguns estudantes perguntando questões sobre a ocupação militar e um estudante de direito comentou que haviam gangs e que as tropas no Haiti tinham resolvido esse problema, ele também questionou a Erika por ser pela retirada das tropas dizendo que ela nunca foi ao Haiti e que não tem conhecimento do que realmente acontece por lá. Marcius lembrou que durante Congresso da CUT, o sindicalista haitiano Fignolé (secretario da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti), comentou que os índices de violência do país são menores que os de favelas brasileiras o que não justifica a ocupação militar em seu país.
Ao final, relatos de GOG sobre o contato que teve com Fignolé, em atividade na CUT-DF, ele comentou como o povo do país repudiava a presença das tropas.

A discussão foi bastante produtiva e alguns estudantes se prontificaram a participar do ato continental no dia 5 de novembro em São Paulo para consolidar a campanha pela retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti.

Marcius Sidharta – Juventude Revolução DF




Ato continental pela retirada imediata das tropas da ONU do Haiti • 5/11 - 15h • São Paulo


Em 5 de novembro próximo, às 15h, entidades sindicais e democráticas e parlamentares realizam um Ato Continental, na Câmara Municipal de São Paulo, pela Retirada Imediata das Tropas da ONU do Haiti. Dirigida pelo Brasil, a ocupação militar do país caribenho começou em 2004 e envolve mais de 12.000 soldados e policiais de 54 países.

O Haiti foi o primeiro país independente da América Latina e a primeira república negra no mundo. A atual ocupação militar começou meses depois de tropas dos Estados Unidos, Canada e França derrubarem e exilarem o presidente legítimo do país, Jean Bertrand Aristide, no início de 2004. Desde então, milhares de haitianos já se manifestaram exigindo a retirada das tropas, cuja presença viola o direito democrático à autodeterminação dos povos. Em resposta aos apelos do próprio povo haitiano, desenvolve-se uma campanha internacional pela Retirada das Tropas da ONU do Haiti .

O movimento sindical, popular e democrático no Brasil ocupa um lugar particular nesta luta, pois o país está na chefia da missão, sobre a qual pesa acusações de violação de civis, repressão ao movimento operário local e assassinato de lideranças. O Ato Continental em São Paulo ocorre depois que o próprio governo brasileiro falou em retirada, pela boca do ministro da Defesa, Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores. Todavia, no ultimo dia 15 de Outubro, o Conselho de Segurança da ONU renovou por mais um ano o mandato da Minustah.

O Ato pretende reunir representantes do movimento popular e democrático brasileiro com lideranças vindas de outros países das Américas e do próprio Haiti . Além de protestar contra a ocupação militar, o Ato será um momento para ouvir o relato dos haitianos e iniciar novas etapas do movimento pela retirada das tropas.

Até o momento, estão confirmadas as presenças de Fignolé St Cyr, da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti; dos estadunidenses Colia Clark, do movimento pelos direitos civis dos anos 60 (militantes do NAACP no Mississipi), e Kim Yves, do jornal Haiti Liberté; do boliviano Nelson Guevara Aranda, do Sindicato dos Mineiros de Huanuni; dos uruguaios Hugo Dominguez, do Sindicato dos Metalurgicos (PIT-CNT) e Andres Uriostes da Coordinadora por el Retiro de las Tropas; e do francês Jean Marquiset, da direção do Partido Operário Independente.

O Ato Continental é organizado pelo Comitê Defender o Haiti é Defender Nós Mesmos, e sua convocação é feita, entre outros, pelos deputados estaduais Adriano Diogo (PT-SP), José Candido (PT-SP), Yulo Oiticica (PT-BA), pelo escritor Fernando Moraes, Olivio Dutra, ex-governador e fundador do PT, Barbara Corrales (Comitê), Julio Turra, da Executiva Nacional da CUT, e pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo.

Contatos e informações:
comitedefenderhaiti@uol.com.br
Telefone (11) 9245-0300 (Barbara Corrales)
http://retiradatropashaiti.blogspot.com/


1 de nov. de 2011

Declarações das Delegações Internacionais

Porque estarei presente?

Nelson Guevara, secretario geral do Sindicato Mineiro de Huanuni, Bolívia: “A ONU financia as tropas para decidir o destino do povo haitiano e assegurar o controle dos recursos naturais. Em nome da pacificação, querem calar a voz dos povos pela libertação. Exigir a retirada das tropas do Haiti deve ser prioridade mundial dos povos. Os mineiros da Bolívia em seu 31º Congresso, realizado esse ano, discutiu, no plano internacional, a necessidade da unidade dos trabalhadores do mundo, isso coloca a solidariedade com o povo do Haiti na luta contra o capitalismo.”

Colia Clark, militante do NAACP, movimento pelos direitos civis, dos anos 60, EUA: “Estarei no Brasil para construir a solidariedade deste povo, com o povo dos Estados Unidos e com o Haiti. Tenho compromisso com a campanha pela retirada das tropas das Nações Unidas que ocupam este país. Em agosto passado estive, juntamente com um grupo de companheiros do Haiti, Guadalupe e EUA, no Alto Comando das Nações Unidas em Nova York, onde fomos recebidos e apresentamos os resultados da Comissão Internacional de Investigaçao sobre o Haiti. E pedimos, naquele momento, a retirada imediata das tropas, pois há um paralelo entre a opressão do povo haitiano e as guerras imperiais em todo o mundo.”

Kim Yves, do jornal Haiti Liberté, EUA: “Estarei no Ato para dar os braços aos irmãos e irmãs brasileiras em solidariedade contra a ocupação militar da ONU no Haiti. O Brasil está, a serviço de Washington, como o líder desta ocupação, há quase 8 anos. Este papel infame é justificado internacionalmente pela afirmação de que os haitianos são incapazes de se auto governar, que sem os chamados "soldados da paz", o Haiti cairia numa espiral de anarquia e violência. Eu quero conversar com meus companheiros do Brasil, e outros, sobre como podemos trabalhar juntos para expor e explodir essa mentira. Quero apresentar um relatório de como os telegramas secretos da Embaixada dos EUA, fornecidos pelo WikiLeaks ao Haiti Liberté, nos ajudam a elucidar o esmagamento da soberania do Haiti pelos Estados Unidos e outras nações. Nós, do Haiti Liberté, queremos ouvir as propostas que companheiros da América Latina têm para acelerar a retirada.

Hugo Domingues, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (UNTMRA) e que vem ao ato representando a central PIT-CNT, Uruguai: “Vou ao ato porque é um ato pelo respeito à autodeterminação dos povos. Porque é uma intervenção militar, escudando-se na ONU como ajuda humanitária. Porque os EUA usaram o terremoto que assolou o povo haitiano, como desculpa para invadir esse povo irmão. O que lhes importa não é a sorte desse povo, mas quer ficar ali para dirigi-los e ficar com os recursos naturais. Fora todas as tropas militares do Haiti. Fora a invasão ianque”.

*Matéria publicada na edição 701 do Jornal O Trabalho

En una carta abierta a los presidentes de América Latina

Retirar las tropas de Haití!

En una carta abierta a los presidentes de la región, un grupo de intelectuales latinoamericanos expresó su postura contra la continuidad de la Misión de Estabilización de la ONU (Minustah), de la que forman parte tropas sudamericanas, en la isla. Los pensadores denunciaron, por ejemplo, que "desde el retorno a la democracia en 2006 en el país caribeño, la Minustah ha contribuido a violaciones de los derechos políticos de los haitianos". Eduardo Galeano, Juan Gelman, Frei Betto y Adolfo Pérez Esquivel son algunos de los firmantes. Aquí, la carta completa.

A los Presidentes de nuestros países de América Latina:

Queremos expresar nuestro rechazo a la continua presencia en Haití de la Misión de Estabilización de la ONU, conocida como Minustah, y hacer una llamado a nuestros gobiernos para que retiren todo el personal militar de esta supuesta operación de paz.
Desde hace más de siete años, los soldados de nuestros países han participado en una ocupación militar injustificada e inmoral, que avanza la agenda de potencias extranjeras y viola continuamente la soberanía y la dignidad del pueblo de Haití.

En 2004 las tropas de la Minustah llegaron a Haití para apuntalar un régimen de facto. Durante el período de intensa represión que siguió, la Minustah llevó a cabo incursiones violentas en diversos barrios, en una clara estrategia de construcción del "enemigo", centrada en la persecución de las periferias pobres.

Desde el retorno a una democracia tutelada en el año 2006, la Minustah ha contribuido a violaciones de los derechos políticos de los haitianos, sobre todo a través de su respaldo al proceso electoral viciado en el que fue excluido el partido político más popular de Haití.

En las últimas semanas, un caso de violación involucrando tropas de uno de nuestros países latinoamericanos ha levantado el velo sobre un patrón denso de violaciones de derechos humanos - incluyendo numerosos casos de violación y explotación sexual, que ha existido desde hace años. Como resultado de un acuerdo que proporciona inmunidad total a las tropas de la ONU, soldados de la Minustah pueden seguir cometiendo abusos con impunidad.

La Minustah también ha agravado la crisis humanitaria generada por el terremoto de enero de 2010 a través de la introducción del cólera en octubre del año pasado. Debido a la vigilancia laxa de los soldados entrando en Haití, tropas de la Minustah desataron una epidemia que ha matado a más de 5.000 haitianos y dejado a cientos de miles de personas infectadas. Los expertos predicen que el cólera seguirá siendo endémico en Haití por muchos años y dará lugar a miles de muertes adicionales.

En los últimos días, ha habido una serie de protestas populares pidiendo la salida de Minustah y el Vicepresidente del Senado de Haití, Jean Héctor Anacacis, ha afirmado que "la Minustah ha hecho más daño que bien al país".

Aunque la Minustah es profundamente impopular en Haití, cables diplomáticos de EE.UU. hechos público por Wikileaks revelan que funcionarios de EE.UU. consideran que la MINUSTAH es "una herramienta indispensable en la realización de intereses básicos de la política del gobierno de EE.UU. en Haití".

Es inconcebible que los gobiernos latinoamericanos, entre ellos muchos que dicen defender valores progresistas, sean los ejecutores de una agenda imperial en Haití. Es inconcebible que los ejércitos de nuestros países estén directamente involucrados en la ocupación militar de un país que fue una luz de esperanza y libertad para nuestros movimientos de independencia en sus nacimientos, y prestó un apoyo esencial a la campaña de Simón Bolívar por la liberación de América Latina. Es inconcebible que nuestros países, que han sufrido tantas agresiones
extranjeras, estén ahora pisoteando la soberanía de un país que ha experimentado un sinnúmero de intervenciones brutales desde el día que rompió las cadenas de la esclavitud y el colonialismo.

El 15 de octubre, el Consejo de Seguridad tiene previsto emitir una resolución que renueva el mandato anual de la Minustah por séptima vez. Nuestros gobiernos de América Latina no deben quedarse quietos y avalar esta decisión como lo han hecho en el pasado. En lugar de simplemente apoyar la recomendación del Secretario General de la disminución del número de tropas a los niveles de antes del terremoto, nuestros gobiernos deberían exigir que se establezca firmemente un cronograma para una retirada rápida de las tropas extranjeras en Haití. En su
defecto, los gobiernos deben comenzar a retirar las tropas de manera unilateral y dejar de involucrar a nuestras naciones en un proyecto criminal e imperialista.

Se gastan casi $800 millones de dólares anualmente en la Minustah. Hacemos un llamado a nuestros gobiernos para que empiecen a retirar sus tropas de esta misión y que se dediquen a asegurar que estos fondos sean reinvertidos en la lucha contra el cólera y en otros proyectos urgentes para ayudar al pueblo haitiano a enfrentar la grave crisis humanitaria en curso.
Ya es hora de sacar nuestros soldados y policías de Haití y mostrar nuestra verdadera solidaridad con este país hermano al que le debemos tanto.

Primeras firmas:

Adolfo Pérez Esquivel, Juan Gelman y Abuelas de Plaza de Mayo (Argentina), Martín Almada, Eduardo Galeano y Raul Zibechi (Uruguay), Frei Betto, Pedro Casaldaliga y Markus Sokol (Brasil), Elsie Monge (Ecuador), Alicia Lira, Alejandra Arriaza y Hugo Gutiérrez (Chile), Xavier Albó (Bolivia), Hugo Blanco Galdós (Perú), Alberto Franco (Colombia), Víctor Valle (El Salvador), Padre Roy Bourgeois (Estados Unidos), Observatorio por el Cierre de la Escuela de las Américas (School of the Americas Watch).

Apoio ao Ato Continental de São Paulo - México e Equador

México

No dia 3 de novembro está sendo preparado manifestação em frente a Embaixada dos Estados Unidos no México em Apoio ao Ato Continental de São Paulo a partir da coleta de assinaturas para impulsionar a participação de um delegado mexicano na atividade de São Paulo. As palavras de ordem que animam o Ato são: defender a soberania da nação haitiana é defender a soberania do México. Fora as tropas de ocupação do Haiti. Fora a policia gringa do México. Anulação do Plano Mérida!

Equador

No Encontro Nacional de Trabalhadores do Setor Elétrico convocado por ENLACE (Rede nacional dos Trabalhadores Elétricos do Equador), o Sindicato Nacional dos Trabajadores da ‘Corporación eléctrica del Ecuador “SINT-CELEC”, e do Sindicato de Trabalhadores da Empresa Pública de agua Potável e Saneamento, tirou carta se solidarizou ao Ato Continental de 5 de novembro e tirou carta dirigida ao Presidente da República, Rafael Correa, pedindo a imediata retirada dos contingentes militares que ocupam a república do Haití (ver carta).

Campanha pela Retirada das Tropas da ONU do Haiti no Peru

Na assembleia da CGTP (Central Geral dos Trabalhadores Peruanos) foi aprovada uma carta, dirigida ao presidente Ollanta Humala, que pede a imediata retirada dos soldados peruanos do Haití (veja carta abaixo) parte de atividade a favor do Ato Continental de São Paulo, que será entregue por uma delegação no Palácio do Governo, no dia 5/11.

CARTA AL SR. OLLANTA HUMALA, PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA,

SOLICITÁNDOLE QUE ORDENE EL RETIRO INMEDIATO DE LAS TROPAS PERUANAS DE HAITI

¡Por la retirada inmediata de las tropas invasoras de la ONU de Haití!

¡Haití necesita médicos, enfermeros, ingenieros, ayuda material para su reconstrucción, y no soldados!

¡Por el retiro inmediato de los soldados peruanos que ocupan Haití!

Lima, 20 de octubre de 2011

Señor

Ollanta Humala Tasso

Presidente de la República

Palacio de Gobierno - Lima.-

ASUNTO: SOLICITA ORDENAR EL RETIRO INMEDIATO DE LAS TROPAS

PERUANAS DEL TERRITORIO DE HAITI

Los suscritos, dirigentes y activistas de organizaciones sindicales, populares, democráticas y antiimperialistas, ante el llamado hecho por el Comité “Defender a Haití es defendernos a nosotras y nosotros mismos” ALESP y un conjunto de diputados del Partido de los Trabajadores y dirigentes de la Central Única de Trabajadores de Brasil, para la realización de un ACTO CONTINENTAL POR LA RETIRADA DE LAS TROPAS DE LA ONU DE HAITÍ el 5 de noviembre en la ciudad Sao Paulo, Brasil; hacemos propicia la ocasión para dirigimos a su gobierno y demandarle que ordene el retiro inmediato de las tropas peruanas que se encuentran en Haití, formando parte del ejército de ocupación de la ONU, en la llamada Misión de las Naciones Unidas para la Estabilización de Haití – MINUSTAH.

La presente demanda, Sr. Presidente Ollanta Humala, es reiterativa al gobierno peruano, pues a través de una Carta fechada 01/05/2010 hicimos la misma demanda al ex Presidente Alan García manifestándole: “¿Qué hacen 366 soldados peruanos, reprimiendo y asesinando al pueblo haitiano en su propia tierra? ¿En nombre de qué intereses deben permanecer soldados peruanos en Haití, uno de los países más pobres de la tierra? Es en nombre de los intereses del imperialismo norteamericano y usted lo sabe Sr. Presidente.”; agregando que dicha demanda se le hacía “en nombre de la paz y del respeto del principio de autodeterminación de los pueblos,”

Culminó el mandato presidencial del Sr. Alan García y los soldados peruanos siguieron ocupando território haitiano, como continúan hasta hoy en la administración del nuevo gobierno que usted preside.

Lo que Haití necesita es médicos, enfermeros, ingenieros, ayuda técnica y material para su reconstrucción, y no soldados que repriman las manifestaciones legítimas de su pueblo.” dicen los organizadores del Acto Continental Por la Retirada de las Tropas de la ONU de Haití, y tienen razón; como tiene razón cuando manifiestan que sobre las tropas de 42 países que ocupan Haití durante más de 7 años “pesan acusaciones de violaciones, represión a movimientos sociales y el asesinato de líderes haitianos.”

Miles de haitianos y haitianas continúan saliendo a las calles para exigir la retirada de las tropas. Varias organizaciones democráticas, populares y sindicales de Haití se han organizado en contra de ellas por considerarlas “tropas de ocupación”, como la Central Autónoma de los Trabajadores Haitianos (CATH), que en su reciente congreso exigió la “anulación total e incondicional de la deuda de Haití, la retirada inmediata de todas las fuerzas de ocupación de la MINUSTAH”.

Como es de vuestro conocimiento, Sr. Presidente, el Consejo de Seguriidad de la ONU ha decidido, el 14 de octubre pasado, prolongar por un año la ocupación militar en Haiti. ¡Inaceptable! ¡Ni un dia más deben permanecer los soldados peruanos en território haitiano!

POR LO EXPUESTO:

Demandamos a usted, como se le demandó al Sr. Alan Garcia, que en nombre de la paz y del respeto del principio de autodeterminación de los pueblos, ordene el retiro inmediato de las tropas peruanas del território de Haití, uno de los países más pobres de la tierra.

Hacemos de vuestro conocimiento que copia de esta carta será enviada al Acto Continental de Sao Paulo, antes referido.

En espera de su respuesta positiva.

A campanha pela Retirada das Tropas da ONU do Haiti na Argentina

Um ato público dia 14 na Universidade de Buenos Aires mandatou a delegação argentina ao Ato Continental de São Paulo. Presentes 35 jovens, militantes e sindicalistas da CTA (Central de Trabalhadores Argentinos), convocados pelo Comitê que faz campanha para a reeleita presidente Cristina Kirchner retirar seus 700 soldados do Haiti. Na mesa, Ignacio Kostzer, presidente da entidade estudantil, a FUBA, e membro da Juventud Rebelde, além, de Manuel Bertoldi, da Frente Dario Santillan, e Markus Sokol, do comitê brasileiro e Antoine Simounet do comitê argentino. Abaixo a declaração do Ato:

COMITÉ AMPLIADO PARA LA RETIRADA INMEDIATA DE LAS TROPAS ARGENTINAS DE HAITI

Defender la soberanía de Haití, es defender nuestra soberanía

A todos los trabajadores, jóvenes, intelectuales sinceramente a favor de la defensa de la soberanía nacional de Haití; Nosotros, participantes del acto del 14 de octubre en la Facultad de Ciencias Sociales convocado por el COMITE PARA LA RETIRADA DE LAS TROPAS ARGENTINAS DE HAITI, considerando que el acto permite de realizar un paso por adelante serio en la organización de la unidad de más trabajadores y jóvenes a favor de la defensa de la soberanía nacional de Haití, decidimos: 1/Refundar el Comité en COMITÉ AMPLIADO PARA LA RETIRAD INMEDIATA DE LAS TROPAS ARGENTINAS DE HAITI. 2/ De desarrollar una campaña masiva de firmas de la Carta abierta a la Presidenta para la retirada de las tropas argentinas de Haití. 3/ De proponer a los firmantes de dicha Carta abierta de integrar nuestro Comité con el objetivo de ampliar la necesaria unidad. 4/ De mandar una delegación del Comité al acto continental de San Pablo del 05 de Noviembre por el retiro inmediato de la Minustah de Haití gracias a una campaña financiera del Comité que garantiza su independencia. 5/ De organizar un plenario de devolución del acto del 05 de Noviembre y de preparación de una marcha frente a un ministerio publico para exigir el retiro inmediato. 6/ De dar mandato a la mesa integrada por Ignacio Kostzer, Manuel Bertoldi , y Antoine B. Simounet para coordinar las actividades del Comité.


Conferência Caribenha - 16 a 18 de novembro

Conferência Caribenha

De 16 a 18 de novembro, no Haiti, se reúne a Conferência caribenha operária independente. Por iniciativa da Aliança dos Trabalhadores e Camponeses do Caribe (ATPC) e do Comitê de seguimento da Comissão Internacional de Investigação (CII) sobre as conseqüências da ocupação militar no Haiti, a conferência se reúne para exigi a retirada imediata das tropas da Minustah, a anulação de toda a dívida do Haiti, o pagamento das reparações e indenização das vítimas do cólera.

Guadalupe el 15 de septiembre de 2011

A las Organizaciones del movimiento obrero del Caribe, Organizaciones democráticas del Caribe,

Queridos compañeros,

Del 16 al 20 de noviembre de 2011, la Asociación de los Trabajadores y de los Pueblos del Caribe, ATPC, en colaboración con el Comité de seguimiento de la Comisión internacional de investigación sobre la situación en Haití formado por organizaciones sindicales y populares haitianas, organiza una Conferencia del Caribe en Cap Haïtien, en Haití, sobre el tema:

¡Solidaridad con Haití, MINUSTAH fuera!

Ya el 20 de septiembre de 2009 en Port-au-Prince la Comisión internacional de investigación, CIE-H, constada de delegados venidos de Argelia, de Brasil, de los Estados Unidos, de Guadalupe y de Martinica concluía la síntesis de sus trabajos por « …

Resulta de la investigación conducida las observaciones y elementos de análisis siguientes:

- una realidad social, económica y política en plena delicuescencia;

- una subida del descontento, expresión del replanteamiento de la intervención militar de la ONU …»

Los testimonios permitieron ilustrar bajo distintos aspectos esta situación: a niveles Social, Económico y Político.

Después, la situación se empeoró: la introducción del cólera en Haití en octubre 2010, persecución de las violaciones (recientemente violación sobre un joven en Port-Salut), represión,…..

En el marco de la preparación de esta Conferencia:

- El pasado 18 mayo, día de la fiesta de la bandera haitiana, se organizó un día de solidaridad con el pueblo haitiano;

- El 25 de agosto de 2011 una delegación, compuesta de un responsable haitiano del Comité de seguimiento, de un camarada guadalupeño de LKP y miembro de la CIE-H, 2 camaradas americanos cuyo uno responsable de la CIE-H y el otro representante del Comité de Enlace Internacional de los Trabajadores y los Pueblos, se recibió a la Secretaría General de las Naciones Unidas, antes de los primeros debates sobre la renovación de las tropas de la MINUSTAH;

- El próximo 5 de noviembre tendrá lugar en Brasil, en Sao Paulo, una reunión continental para la retirada inmediata de las tropas de la ONU de Haití;

Solidaridad con Haití

En el momento en que:

- En Haití, millares de haitianos, a la llamada de las organizaciones democráticas, populares y sindicales, manifiestan casi cada día en las calles para exigir la retirada de las tropas y la reparación de los daños causados por el cólera aportado por las tropas de la MINUSTAH;

- En Brasil, el nuevo Ministro de Defensa, Celso Amorim, declara que « es hora de discutir una salida organizada, incluso con las Naciones Unidas, por supuesto. No sé si será en agosto, en diciembre, enero, no está allí el más importante » (Folha de S. Paulo, 10.08.11) ;

- El imperialismo, para hacer frente a la crisis mundial y al movimiento del pueblo, multiplica las guerras e intervenciones contra la soberanía de las naciones (como en Libia,….);

A esta conferencia se trata:

- de cruzar un paso suplementario en la ayuda concreta a los trabajadores y al pueblo de Haití;

- de proseguir el combate para la soberanía de Haití y la democracia;

Se trata de trabajar a la unidad de trabajadores y pueblos del Caribe y de sus organizaciones para avanzar hacia un Caribe de las naciones y pueblos, libres y fraternales, liberados del racismo, del colonialismo y de la explotación;

Se trata de cruzar un paso significativo en el combate para

La Retirada inmediata de las tropas de la MINUSTAH

La Anulación total de la deuda de HAITÍ

El Pago de las reparaciones

La Compensación de las víctimas del cólera

Queridos compañeros, la ATPC les invita que participen en esta Conferencia.

Reciba nuestros saludos fraternales y militantes

Preparação do Ato Continental pela Retirada Imediata das Tropas do Haiti

“Levantamos a bandeira da imediata retirada da Minustah”

Em 5 de novembro delegações de vários Estados e países do continente para reforçar essa exigência

“São mais de sete anos de ocupação, com o Brasil liderando tropas, sobre as quais pesam acusações de violação, repressão ao movimento dos trabalhadores e assassinato de lideranças haitianas. A presidente Dilma deve tomar a iniciativa, trazendo de volta o contingente brasileiro. O que o Haiti necessita é de médicos, enfermeiros, engenheiros, ajuda técnica para sua reconstrução, não soldados para reprimir as legítimas manifestações de seu povo. Levantamos a bandeira da retirada imediata da Minustah” (trecho da convocatória do Ato de 5 de novembro).

Na Câmara dos Vereadores de São Paulo, a partir das 15 horas, delegações de pelo menos dez Estados brasileiros e de cerca de seis países irão se encontrar no Ato Continental pela Retirada imediata das tropas do Haiti.

As delegações do Brasil

Do Rio Grande do Sul ao Ceará delegações auto-financiadas estarão presentes ao ato

Com debates, exibição de vídeos e atividades de coletas de fundos, numa ampla campanha que reúne sindicalistas, militantes do movimento popular, parlamentares e jovens, são preparadas as delegações em vários Estados.

Em Brasília, onde se organiza um ônibus para vir ao ato, a deputada do deputada Federal Erika Kokay (PT-DF), participou de uma reunião do diálogo Petista (ver pag.5) onde assumiu seu compromisso com a campanha pela retirada das tropas. No próximo dia 1º de novembro ela participa de um debate na UnB (Universidade de Brasília), numa atividade que faz parte da preparação da delegação de Brasília que deve ser composta por muitos jovens.

De Recife (PE), Marta Almeida, Coordenadora do MNU (Movimento Negro Unificado), que vai integrar a delegação pernambucana, declara que vem ao ato na luta pela “garantia da soberania do Haiti”, lembrando que o ato, que ocorre no mesmo mês da consciência negra, é uma “salvaguarda da história da república negra do Haiti, a história de luta e libertação do povo negro da diáspora”.

Na cidade mineira de Juiz de Fora, onde também está sendo organizado um ônibus para trazer os participantes ao ato, um debate realizado pela Juventude Revolução reuniu cerca de 60 estudantes na Universidade Federal. Bernardo Ferraro, do Diretório Acadêmico de Geografia da UFJF, explica porque inscreveu seu nome na lista da delegação: “acredito que a retirada das tropas da ONU é o que melhor pode ser feito no momento para ajudar o povo do Haiti. Não deveriam ter intervindo política ou militarmente. E se é que houve um momento de ‘pacificação’, já passou. O que a população precisa no momento é de auxilio na infra- estrutura do país, de engenheiros, médicos, enfermeiros. Afinal foi o próprio imperialismo que causou a situação de desordem e miséria. E há hoje uma grande mobilização da população contra a ocupação.”

São esperadas ainda, além da capital, Grande São Paulo e do interior do Estado, delegações do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Ceará e Alagoas.

Matéria publicada na edição 701 do Jornal O Trabalho